HERÁLDICA

JUNTA DE FREGUESIA DE SOEIMA
Edital n.º 383/2009
Brasão, bandeira e selo
António Manuel Pires Queijo, Presidente da Junta de Freguesia de
Soeima do Município de Alfandega da Fé:
Torna público a ordenação heráldica do brasão, bandeira e selo da
Freguesia de Soeima do município de Alfandega da Fé, tendo em conta o
parecer emitido em 21 de Outubro de 2008, pela Comissão de Heráldica
da Associação dos Arqueólogos Portugueses, e que foi estabelecido, nos
termos da alínea q), do n.º 2 do artigo 17.º do Decreto -Lei n.º 169/99 de
18 de Setembro, sob proposta desta junta de Freguesia, em sessão da
Assembleia de Freguesia de 28 de Dezembro de 2008:
Brasão: escudo de ouro, castanheiro arrancado e furtado de verde,
com os ouriços rachados de vermelho e realçados de prata, entre dois
javalis de negro, animados e defendidos de vermelho, o da dexta volvido;
campanha diminuta ondada de azul e preta de três tiras ondadas.
Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a
negro: «SOEIMA».
Bandeira: verde. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de
ouro.
Selo: nos termos de Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de
Soeima — Alfândega da Fé».
28 de Dezembro de 2008. — O Presidente, António Manuel Pires

HISTÓRIA

Os que decidiram sair da aldeia, à procura de uma vida melhor, regressam na altura da festa em honra de Santa Luzia, que se realiza no Verão. Os habitantes, no entanto, contam que, antigamente, as festividades eram dedicadas a São Barnabé, que, segundo os populares, afastava as trovoadas da aldeia. “As outras localidades manifestaram-se, porque diziam que o São Barnabé de Soeima afastava-as de cá e mandava-as para outro lado e, por isso, deixámos de fazer a festa”, conta Manuel Arão, um habitante da localidade.
Contudo, o padroeiro da aldeia é São Pelágio, oriundo da Galiza (Espanha), que, aos 13 anos, foi entregue aos mouros. Como um homem tentou seduzi-lo, a criança repudiou-o. Devido a este gesto, foi cortado aos pedaços e lançado ao rio.

Soeima foi palco de confrontos entre liberalistas e absolutistas, durante a Guerra Civil

O topónimo Soeima provém da palavra árabe, Zoleiman, pelo que a fundação da aldeia remonta a essa época. Existem, ainda, vestígios do período romano, como uma fonte de pedra. Posteriormente, durante a Guerra Civil, entre 1832 e 1834, Soeima foi palco de violentos confrontos entre os partidários de D. Pedro e Miguelistas, que existiam em grande número na aldeia.

CENTRO SOCIAL E CULTURAL DE SOEIMA

CENTRO SOCIAL E CULTURAL DE SOEIMA
MORADA: SOEIMA
CÓDIGO POSTAL 5350-360

MAIS SOEIMA - ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL E CULTURAL DE SOEIMA

MAIS SOEIMA - ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL E CULTURAL DE SOEIMA

MORADA: RUA ESCOLA
CÓDIGO POSTAL 5350-360

DADOS GERAIS

Área: 1091 ha
População: 160 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Capela Nossa Senhora do Rosário, Cruzeiro, Fonte de Mergulho com Bebedouro para Animais, Alminhas, Tanque Público, Sede de Freguesia
Património Paisagístico: Vale da Ribeira de Fonte Ribeiro
Festas e Romarias: Festas de S. Pelágio a 26 de Julho, de Stª Luzia no 1º Domingo de Agosto, Festa da Castanha em Novembro
Gastronomia: Cabrito e Cordeiro Assado em Forno de Lenha com Batata e Arroz no mesmo, Fumeiro de Porco com seus Derivados, Folar de Carne
Locais de lazer: Praça da Soeima, Jardins
Espaços lúdicos: Campo de Futebol da Soeima
Artesanato: Cestaria, Trabalhos em Madeira, Queijo de Ovelha
Orago: S. Pelágio
Principais actividades económicas: Agricultura, Olivicultura, Vitivinicultura, Castanha, Transformação de Madeiras (Castanho e Pinho), Pastorícia, Comércio, Serviços, Caça, Cortiça

DESCRIÇÃO

Soeima fica no extremo norte do concelho de Alfândega da Fé, no limite com o vizinho município de Macedo de Cavaleiros, nas faldas da serra de Bornes. Localiza-se a treze quilómetros da sede de concelho, muito perto da margem direita da ribeira de Zacarias. O sítio arqueológico de Tapada dos Espinheiros comprova o povoamento pré-histórico da área que actualmente corresponde à freguesia de Soeima. Trata-se de um afloramento de quartzo destacado acima do solo, gravado com três covinhas. Uma tem cerca de três centímetros de diâmetro e as restantes cinco centímetros. O nome da freguesia parece ser de origem árabe, vindo do moçárabe Zoleima. Era um nome muito usado na época da fundação da Nacionalidade, vindo a desaparecer com o decorrer dos tempos. Por volta do século XIII, a maior território desta freguesia pertencia a D. Nuno Martins, riquíssimo nobre local. Até 1855, a freguesia pertenceu ao concelho de Chacim e posteriormente ao de Macedo de Cavaleiros e depois ao de Alfândega da Fé. A Igreja Paroquial de Soeima, consagrada a S. Pelágio, é o mais importante bem patrimonial da freguesia. Terá sido construída na segunda metade do século XVII. É um templo maneirista e barroco, de uma só nave e capela-mor. A fachada principal termina em empena truncada por campanário de dupla ventana. No interior, destaca-se o retábulo-mor e os retábulos de ângulo em talha barroca de estilo nacional.