segunda-feira, 14 de setembro de 2009
ORAGO: SÃO PELÁGIO
São Pelágio era natural da Galiza e sobrinho de Hermígio, bispo de Tui. Nasceu no início do séc. X.Tendo participado, como pagem, na dura batalha que opôs Ordonho II de Leão a Abdemarrão III, emir de Córdova, foi feito prisioneiro e levado para esta cidade. As negociações entre as partes permitiram a libertação do bispo Hermígio, mas Paio teve de ficar como refém, apesar de ser ainda muito novo. A sua formosura despertou sentimentos de desejo tanto no rei como num dos seus filhos, que tudo fizeram para o seduzir. A todos resistiu o jovem, o que exacerbou a ira do rei que o mandou torturar até que cedesse aos seus apetites. No entanto, a fortaleza de ânimo de Paio foi superior à violência dos algozes que o despedaçaram e acabaram por lançá-lo ao rio Guadalquivir. Tinha 13 anos de idade.A sua fama espalhou-se por todo o nordeste da Península, havendo hoje muitas localidades portuguesas que têm o seu nome.
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Era anjo ou lua?
ResponderEliminarTerra ou céu?
Caminho ou rua?
Terra e céu,
a minha rua.
Vestia branco,
ou vestia lua?
Anjo branco?
Mulher nua?
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A avenida
subvertida
por monocórdico
arrulho.
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Porque lês
trémulos ais
intuis fulgurações…
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‘O teu sorriso
leva-me sempre
para junto do mar…’
Ventre magnífico,
noite genetriz,
onde tudo acaba e principia,
onde ocorre o claro dia.
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Algo avoluma distâncias, dá relevo à montanha.
Que haverá longe ou perto que destrua exílios?
Paredes em pedra, a cal da cor,
invólucros da solidão sonhada.
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António, o poeta louco,
ditou-me os seus últimos versos:
O governador dos céus estava ali,
e um livro para ascender à pátria verdadeira.
Árvores dançando p’lo ar.
Pescadores chegam em romagem
pra beijar a mão à Senhora das Naves,
que embala ao colo o doce Filho.
Pássaros nidificam onde abre a flor
frágil à donzela.
Haja no pequeno reino paz.
Quando eclodir a Boa Esperança.
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As várias palavras
por estantes debatendo-se,
medicamentos certos
da sonolência química.
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Frescas, simples,
tais quais coisas,
aí mesmo à mente,
a estudar sempre,
a desvelar de outras
inesperadas palavras.
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Fui padrinho do Zeferino,
e minha irmã madrinha.
Com nossos verdes anos
sentíamo-nos investidos.
Hoje meu afilhado
é engenheiro na Câmara.
Minha irmã partiu sem jeito,
dum tumor no cérebro.
Por mim aguardo o que vier
para que conste poeta.
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Pertinho de Coimbra um missionário do Leste
deu-me uma boleia e na despedida
um ícone muito especial, que guardei.
Tinha uma oração para o coração.
Dizendo-a adormecia e acordava,
numa repetição contínua.
Desperta, enche da flor em neve,
ResponderEliminarvinho, pão meus olhos, minha terra.
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Dares quanto tens a quantos encontres.
E quanto não tens aO Deus que te sonha os sonhos.
Que quanto deres terás.
Fim
das
Sonhadas Palavras
2ª Edição
105.444 caracteres
20.431 palavras
25.i.2010